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“Se não fosse o agronegócio o país não conseguiria pagar suas contas”, diz diretor da SRB

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Entidades do agronegócio lançaram nesta quinta-feira a iniciativa de fazer um financiamento coletivo no setor para patrocinar ações de marketing que informem os brasileiros sobre a origem dos alimentos e a importância do agronegócio para o país. A ideia é rebater alguns dos tópicos mencionados no samba-enredo da escola Imperatriz Leopoldinense, que vai levar para o Carnaval do Rio de Janeiro alas como a nomeada de “fazendeiros e seus agrotóxicos”. Veja mais: Escola de Samba vai criticar agronegócio O tema da escola de samba sensibilizou milhares de pessoas que vivem do setor e fez também com que lideranças ligadas ao agro, como, por exemplo, a Sociedade Rural Brasileira, decidissem encabeçar a ideia de publicar em outdoors no Rio de Janeiro e São Paulo mensagens que informem a relevância de o setor durante o Carnaval 2017.

Nesta quinta-feira, recebi no Mercado&Cia o cientista político e diretor da Sociedade Rural Brasileira, Christian Lohbauer, que esclareceu aspectos importantes sobre a ocupação de terras no Brasil, uso de agroquímicos e necessidade do setor se comunicar melhor com a sociedade. Veja:

A ação de marketing em resposta à letra da escola de samba vai funcionar?

Não há outra reação a se tomar que não seja uma reação coletiva de todas essas entidades que representam o agronegócio, mais todos os produtores, empresas e representações industriais que têm relação com o agronegócio, que não são poucas e colocam o país numa condição de país viável.

Se não fosse o agronegócio o país não conseguiria pagar suas contas.
Me surpreende que ainda hoje, em 2017, no Brasil, a gente tenha que enfrentar um tipo de comunicação tão primária em que uma escola de samba venha promover um discurso tão atrasado e raso quando se trata de uma questão tão importante, quando se trata do desenvolvimento da agricultura brasileira, tecnologia e sua capacidade de inovação.
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Há críticas como a da escola que apontam o Brasil como o país que mais usa agrotóxicos no mundo, como você avalia isso?

O Brasil é e vai continuar sendo o maior usuário de defensivos agrícolas, isso é óbvio porque todas as economias agrícolas e países agrícolas campeões mundiais estão em zonas temperadas e portanto eles não precisam utilizar a quantidade de defensivos que os brasileiros precisam. O Brasil é o único grande país do planeta Terra que tem 3 a 4 safras por ano e que utiliza agricultura em todas as estações.
Nós não temos inverno com neve que serve como interregno na produção agrícola dos Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Rússia, Ucrânia, África do Sul, Austrália, Argentina. O Brasil não tem isso. O Brasil usa durante mais tempo e com quantidades maiores porque os insetos, fungos e ervas daninhas se desenvolvem com muito mais atividade do que em outros países. Se fizer análise de proporção de uso per-capita ou por hectare, o Brasil cai no ranking mundial. São números públicos divulgados por entidades como Andef, Sindiveg que são entidades que representam as empresas de defensivos agrícolas.

Quanto mais você utiliza esses números, vem de novo uma carga pesada de informação do tipo “ O Brasil é o campeão de uso” que é um argumento boboca de quem não quer estudar a coisa de maneira mais profunda.
Outra argumentação da letra do samba-enredo da escola junto com as alas, é que há um enfraquecimento da cultura indígena no Brasil que tem relação com monstros e invasores que tomaram essas terras. Como você avalia a questão indígena e o agronegócio no país ?

Eu vejo isso como mais um daqueles estigmas que é difícil de vencer. As pessoas não param para pensar que o Brasil tem 8 milhões e 500 mil quilômetros quadrados e ele tem 120 milhões de hectares nas mãos de comunidades indígenas que são em torno de 500 mil brasileiros que têm 120 milhões de hectares protegidos. Isso significa mais do que os 90 milhões de hectares disponíveis para a agricultura hoje e mais do que os 60 milhões que são utilizados para a agricultura brasileira hoje.
O que existe de conflitos entre índios e produtores hoje é por questão de escritura. Evidentemente que existe um ou outro problema, mas você ter problema de ocupação de terra no Brasil sendo ele do tamanho que ele tem é uma piada de mau gosto. Ainda que existam 120 milhões de hectares garantidos nas mãos de propriedades indígenas, você ainda tem indígenas produzindo agricultura de forma ilegal, ou seja, existe soja produzida em reserva indígena, milho produzido em reserva indígena.

Existe indígena que tem camionete, parabólica, avião e que se comporta como se fosse um produtor rural. Isso ninguém fala porque é politicamente incorreto.
Vamos colocar a conversa na mesa de forma verdadeira. O que existe no Brasil é um discurso ‘esquerdóide’, um discurso doutrinário de uma esquerda que utiliza o discurso dos indígenas, da utilização dos produtos geneticamente modificados, que junta isso com defensivos agrícolas e chama de agrotóxico e transforma a agricultura num vilão que ela não é, pelo contrário, essa é a ultima saída que o país tem para virar um lugar decente.
O Canal Rural entrou várias vezes em contato com a assessoria de imprensa da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, mas até o presente momento não recebemos nota em resposta às questões direcionadas à agremiação.Blog da Kellen Severo

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