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Notas

Após aquisição, Bayer planeja trabalhar imagem negativa da Monsanto

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Após a conclusão da aquisição global da Monsanto, que tornou a Bayer a maior empresa do agronegócio mundial, a companhia comunicou que, a partir de setembro de 2018, Gerhard Bohne é o novo presidente da divisão agrícola no país. Em entrevista exclusiva ao Portal Agrolink, o presidente falou sobre os planos da Bayer para os próximos anos, após concluir o processo de aquisição da Monsanto.

Ao longo do processo de compra, a Bayer percebeu que a Monsanto possui um histórico negativo, e assim criou-se uma estratégia baseada em três pilares para contornar a situação, com inovação, sustentabilidade e plataforma digital. “Com estes três pilares da nossa estratégia, nós vamos poder provar para a sociedade que somos uma empresa que busca promover o aumento da produção de alimentos”, declara Bohne.

De acordo com o Gerhard, a marca institucional deixará de existir, já os produtos da Monsanto, como o Roundup e também as marcas como Dekalb Seminis ou De Ruiter, serão mantidos. A Bayer concluiu a compra da Monsanto em junho deste ano por US$ 63 bilhões.

O presidente ainda acrescentou que durante a safra 2018/2019 o impacto sobre a aquisição não será sentido, os clientes estão recebendo os produtos e sendo atendidos por ambas as empresas. Já a partir de 2019 haverá uma integração em fases com um prazo de 3 anos.

O que motivou o interesse na Monsanto? O mercado realmente se surpreender com a decisão de crescimento da Bayer na genética?

A Bayer vê o desafio da humanidade em relação a produção de alimentos como um grande desafio dos próximos anos em função do crescimento da população e a necessidade de produção de proteínas. Dessa maneira percebemos que a ausência no mercado de sementes e biotecnologia não seria suficiente para suprir a demanda. Acreditamos que no futuro, a nossa aquisição, será uma diferencial na agricultura moderna. A Bayer enxergou uma oportunidade e uma necessidade de inovação para a produção de alimentos – para trazer inovação e tecnologia para o mercado.

Com a aquisição, a Bayer se tornou uma das maiores empresas do agronegócio mundial. Como será a atuação especifica no mercado brasileiro?

O Brasil é extremamente importante e representa o segundo maior mercado e enxergamos o potencial do País na agricultura – como produtor de alimentos e também para introduzir tecnologias – por isso investimentos e vamos fortalecer nossa atuação com mais inovação.

Quando a Bayer começara a operar com todo o ativo da Monsanto?

Pelo investimento que a Bayer foi forçada a fazer, globalmente no Brasil, ambas as empresas são complementares, todos os ativos que a Monsanto tem são complementares aos da Bayer.

Já estão em fase de desenvolvimento de pesquisas para lançamentos nos próximos anos?

Não há projetos em conjunto e lançamentos em curto prazo. Para o desenvolvimento de uma nova tecnologia na área de químicos ou biotecnologia é preciso considerar entre 8 e 10 anos para trazer para o mercado, sendo assim não há nenhuma tecnologia combinada com ambas as empresas. Mas sim, temos planos para integração de tecnologias – como a plataforma digital juntamente com produtos químicos para maior eficiência no campo.

A Bayer é uma empresa Alemã. A Monsanto Americana – Qual será a cultura da empresa, estão trabalhando em uma harmonização?

As empresas são multinacionais. A Bayer, por exemplo, está presente em mais de 100 países. A Monsanto tem presença no mundo inteiro. Com a compra, teremos uma nova cultura, como somos complementares, vamos nos beneficiar do melhor de cada uma.

Há uma expectativa de receita nesta nova etapa?

A Bayer finalizou a aquisição em setembro de 2018, os números ainda não estão fechados, é uma compra durante um ciclo. A parte agrícola representará 45% do grupo global, no Brasil entre 80 e 85%.

O produtor rural já sentiu o impacto da aquisição?

A integração está sendo feita em fases, então o produtor ainda não sentiu. A partir de 2019 começaremos a trazer inovações neste sentido.

Como a Bayer vai trabalhar a questão da imagem- existem muitos movimentos fortes e negativos no que diz respeito à Monsanto, principalmente nas redes sociais, como vocês planejam contornar a situação?

Ao longo do processo de compra, a Bayer percebeu que a Monsanto possui um histórico negativo, e assim criou-se uma estratégia baseada em três pilares para contornar a situação, com inovação, sustentabilidade e plataforma digital. .Com estes três pilares da nossa estratégia, nós vamos poder provar para a sociedade que somos uma empresa que busca promover o aumento da produção de alimentos.

Falando em imagem negativa, como o caso, ainda em andamento nos Estados Unidos, sobre o jardineiro que desenvolveu câncer em função do Roundup. Como impacta os negócios no Brasil?

O glifosato é o defensivo mais usado no mundo inteiro. Já foram realizados inúmeros estudos científicos e nós temos a segurança de dizer que este produto não tem efeito cancerígeno. Estamos trabalhando na defesa e recentemente soubemos que o caso será reavaliado e o processo será reaberto. Não temos efeito direto no Brasil.

Dicamba – A controvérsia norte-americana pode trazer desconforto no planejamento brasileiro com a presença de moléculas menos preocupadas com a deriva?

A tecnologia foi lançada nos Estados unidos juntamente com o uso do glifosato. O Dicamba é um herbicida muito antigo e está há mais de 50 anos no mercado, é uma ferramenta adicional no controle de ervas.

Gerhard Bohne

O novo presidente possui mais de 30 anos de atuação no grupo, ocupou diversas posições nas áreas de Regulatório, Pesquisa, Desenvolvimento, Marketing e Operações. Em 2015, tornou-se diretor Global de Marketing, dentro da estrutura de Operações Comerciais, na Alemanha. Retornou ao Brasil no início de 2017 como Chief Operation Officer (COO) da divisão Crop Science. O executivo é formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de Botucatu (UNESP).

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