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Mato Grosso do Sul: “muitas lavouras de soja não se recuperam mais”

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Perspectiva foi feita pelo presidente do Sindicato Rural para o município de São Gabriel do Oeste. Por lá produtor que espera colher 65 sacas, não está conseguindo nem 50 sacas

Pedro Silvestre, de São Gabriel do Oeste
As lavouras de São Gabriel do Oeste, no norte de Mato Grosso do Sul, foram severamente castigadas pela estiagem. O Sindicato Rural do município estima perdas iniciais de até 20%, entretanto montante pode aumentar. De acordo com o agricultor Marcelo Pessatto, as lavouras sofreram com quase 30 dias sem chuvas.

Na busca por uma produtividade acima dos 65 sacos por hectare, Pesatto não poupou investimentos. Escolheu as melhores cultivares, adubou corretamente o solo, mas na hora da colheita, a decepção. Os primeiros 60 hectares não produziram nem perto do que o ele esperava. “Estou conseguindo algo em torno de 40 a 50 sacos na média, bem abaixo do planejado”, afirma.

lavoura seca

A grande vilã foi a estiagem prolongada, que não é comum na região, mas também castigou outras lavouras cultivadas mais cedo na região norte de Mato Grosso do Sul.

“Tivemos muitos dias sem chuvas, quase 30, e o calor excessivo judiou. As primeiras sojas precoces sentiram muito, estamos já calculando uma quebra de até 15% na área geral”, diz Pesatto.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Vilson Mateus Bruzamarello, a região nunca vivenciou algo assim antes. Ele conta que foram feitos levantamentos através de sensores de solo, onde uma área com teor de argila de até 50% a temperatura do solo estava em 58ºC, em uma outra com teor de argila abaixo de 20% essa temperatura era de quase 80ºC. “Tenho certeza que muitas lavouras de soja não terão mais volta, não se recuperam mais. Não tem planta que resista a temperaturas altas desse jeito”, diz. “E não foi um dia só, mas um período grande, 20 dias nessa condição.”

Outro produtor que calcula perdas grandes é o Sebastião Cruciol,que não plantou variedades precoces em pouco mais de 1,3 mil hectares, mas as plantas sofreram do mesmo jeito. “Eu não tenho soja muito precoce, minhas variedades são de ciclo médio. Acredito que nesses devo ter perdido quase 30% da minha lavoura”, comenta.

A imagem das áreas prejudicadas, explica as perdas. Em um talhão, por exemplo, o produtor estima colher no máximo 30 sacas por hectare, menos da metade do que esperava. Com a rentabilidade da safra ameaçada, agora torce para que não falte chuva para o restante da lavoura. Seria a garantia para o cumprimento dos contratos fechados com antecedência.

“A maioria da minha lavoura é para colher no final de fevereiro e início de março. Então temos que torcer para um clima favorável com um regime de chuva melhor, para termos uma produtividade relativamente boa, se a gente tiver mais um veranico em fevereiro, essas perdas aumentam, aí fica complicado para entregar os contratos”, conta Cruciol.

O presidente do Sindicato Rural, já calcula uma quebra de produtividade significativa no município e ainda pode aumentar. “Materiais de ciclo curto já está definido, as perdas estão concretizadas. Nós estimamos perdas em torno 20% já garantidas”, diz Bruzamarello.

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