Notas
Dentista presa por tráfico de drogas conquistava vizinhos por carinho com animais
Loira, bonita e vaidosa, a dentista Marina Stresser de Oliveira, 26, também conquistava a vizinhança do trabalho ao dar demonstrações públicas de carinho com bichos.
Adotou um cão de rua sem patas e, aos sábados, organizava um bazar de roupas e acessórios usados «em prol dos animais sem teto» em uma galeria na região sul de Curitiba, onde mantinha uma clínica odontológica. O dinheiro era arrecadado para uma ONG criada por ela.
Na tarde de terça-feira (11), os vizinhos de comércio que a consideravam uma pessoa acima de qualquer suspeita ficaram chocados com a prisão da dentista em flagrante: Marina guardava armas, munição e cerca de 16 quilos de drogas, incluindo maconha e crack, em casa e na clínica.
Ela foi presa quando recebia uma espingarda calibre 12 e uma pistola 9 mm de Ronaldo de Souza Araújo, conhecido como Roni, de 25 anos, que também levava uma pistola dentro de seu carro e seria «funcionário» da dentista.
No consultório, num bairro de classe média, foram encontrados 30 projéteis de fuzil. Segundo a polícia, a dentista distribuía drogas e armas a traficantes da cidade.
A delegada Camila Ceconello desconfia que Marina tenha substituído seu marido, preso há cerca de um ano e meio pela Polícia Federal sob suspeita de tráfico de drogas. O nome dele não foi divulgado porque as investigações estão em andamento.
Apresentada na delegacia, a dentista ironizou sua situação diante de câmeras de emissoras de TV. «Agenda, só para o ano que vem», disse, em referência aos pacientes com consulta marcada.
CLIENTES
Na galeria comercial onde mantinha sua clínica, as reações foram de surpresa. «Nunca vi uma atitude dela que levantasse desconfiança», diz Maurício Martins, cabeleireiro e síndico do centro comercial. «Inclusive, indicávamos a nossos clientes que fizessem tratamento dentário com ela», completou.
A dona de uma floricultura instalada há 20 anos no local afirma que «os únicos conflitos que ela teve foi com poucos clientes que estacionaram em sua vaga».
«Pelo simples fato de ela ser uma pessoa tão amorosa com os animais, fiquei chocada ao ver ela agir de forma tão fria na televisão», acrescentou, lembrando que havia doado roupas e bijuterias ao bazar de animais.
Rolf Hubbe, proprietário do restaurante self-service que a dentista frequentava, conta que ela era uma «moça bonita e simpática», além de «totalmente normal, ao menos durante o dia».
Ceconello diz acreditar que a criação da ONG de proteção aos animais tenha sido uma «tentativa de humanizá-la» e desviar a atenção da vizinhança. O dinheiro arrecadado nos bazares era mesmo destinado a animais de rua, segundo a delegada.
A dentista foi autuada sob a acusação de porte ilegal de armas de uso restrito e tráfico de drogas. O outro rapaz, que já tinha antecedentes criminais, foi autuado sob a acusação de porte ilegal de armas.
A reportagem tentou contato com Wagner de Jesus Magrini, advogado da dentista, mas ele não atendeu as ligações nesta quinta-feira (13).
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